Em arquivos para impressões gráficas, usamos um termo de nome peculiar chamado sangria. Pode parecer estranho ouvir essa palavra em arquivos impressos, mas logo você entenderá do que se trata.
A sangria nada mais é do que a sobra dos elementos da arte gráfica, seja da cor de fundo ou seja de uma imagem, para fora depois da margem de corte. A ideia é fazer com que a arte saia um pouco mesmo e ultrapasse a marca ou a linha de onde será refilado, de uma maneira como se fosse estender a arte. Dessa maneira, podemos usa a frase ” Sangrar a arte ” ou até mesmo dizer ” esse arquivo já vem com sangria “.
Pra ficar ainda mais fácil o entendimento desse processo, podemos usar como exemplo a imagem abaixo. Temos um cartão de visita que por padrão tem o tamanho de 9 x 5cm ( Nove por cinco centímetros ) de fundo preto com um detalhe abaixo na cor azul ciano. Veja em volta da linha azul no primeiro cartão, não há sobra do fundo preto após a linha azul, ou seja, esse arquivo não tem sangria. Quando este cartão de visita for refilado ( recortado na guilhotina ), se houver um deslize de 1 a 2 mm na hora que for recortado, o acabamento final não ficará muito bom pois pode haver um filete branco (sobra do papel )em volta do cartão.
Agora veja o segundo cartão, após a linha azul tem uma sobra do fundo preto e do detalhe azul ciano, essa sobra da arte é o que chamamos de sangria. É a extensão da arte além da linha de corte ( no caso a linha azul ). Dessa forma, se houver um deslize na hora do refile, não tem como ficar um filete branco do papel no acabamento. É essencial que todos os arquivo que forem impressos, tenha a sangria.
Não podemos esquecer também dessa linha verde na arte do cartão abaixo. Essa linha é a margem de segurança de onde o conteúdo deverá ser mantido. Devemos respeitar essa margem de onde toda a informação, seja do cartão ou seja de qualquer arte impressa, para que as informações ( nome, conteúdos, imagens, endereços e etc. ) do arquivo não ultrapasse ou cheguem a ficar no limite de onde o cartão será recortado.
Fonte: Andreola